5 sept 2010

Mariano Shifman

HISTÓRIA NATURAL


Longe de colmeia,
riscando os ares de maio
uma abelha aprovisiona néctar
talvez pela última vez.

E ainda assim, seria certo seu fim?
Eu, fixo no que muda, penso em mim
e só concebo o furor do tempo;
ela, flui no dourado instante
junto ao doce ritual do pólen.

Parece eterno esse sonho outonal;
sabe ignorar o que danifica
e apenas busca, leveza das levezas,
sua exata porção de mel.



(Traducción: Ronaldo Cagiano )

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