HISTÓRIA NATURAL
Longe de colmeia,
riscando os ares de maio
uma abelha aprovisiona néctar
talvez pela última vez.
E ainda assim, seria certo seu fim?
Eu, fixo no que muda, penso em mim
e só concebo o furor do tempo;
ela, flui no dourado instante
junto ao doce ritual do pólen.
Parece eterno esse sonho outonal;
sabe ignorar o que danifica
e apenas busca, leveza das levezas,
sua exata porção de mel.
(Traducción: Ronaldo Cagiano )
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