DESTINO COMÚN - Poema V
Yo soy nadie
y me enterrarán vestido de nadie
Los ríos mueren en el mar
o se insumen en los arenales
En ambos casos ingresan a caudales plenos
Yo soy nadie
luego entraré de muerto a la nada
deslucido nombre
para llamar al opulento reino
de cambios y mutaciones infinitas
Ayer nomás tallé este petroglifo
antes fui pez también fugaz insecto
mono fraterno y habitante de Lemuria
Soy nadie
y me enterrarán vestido de nadie
destino de hombre acaudalado de palabras
(de Estricta Ceniza - 2005)
DESTINO COMUM – Poema V
Eu não sou ninguém
e me enterrarão vestido de ninguém
Os rios morrem no mar
ou se consomem na areia
Em ambos casos ingressam em rios caudalosos e cheios
Eu não sou ninguém
logo entrarei como morto ao nada
ofuscado nome
para convocar ao opulento reino
de mudanças e mutações infinitas
Ainda ontem gravei essa inscrição
antes fui peixe e também fugaz inseto
macaco fraterno e habitante da Lemúria
Não sou ninguém
e me enterrarão vestido de ninguém
destino de homem rico de palavras
Traducción: Ronaldo Cagiano
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