o deserto cresce
...ai de quem abriga desertos!
Nietzsche
O deserto é um esqueleto.
Luminudez. Nenhum olhar povoa.
O vento recria a paisagem lunar.
Usina de tempo, o deserto rói ossos
|baleias celacantos megatérios mamutes
tigres dentes-de-sabre| rói rochas e
deuses de pedra com dentes de
areia por cem milhões de anos.
Obra em progresso
|oceano sorvido|
|éden tropical pulverizado|
o deserto remonta sua
estação permanente.
O deserto é paciente.
el desierto crece
… ¡ay de quien abriga desiertos!
Nietzche
El desierto es un esqueleto
Luminudez. Ninguna mirada puebla.
El viento recrea el paisaje lunar.
Usina de tiempo, el desierto roe
huesos|ballenas celacantos megaterios
mamuts tigres dientes de sable| roe
rocas y dioses de piedra con dientes
de arena por cien millones de años.
Obra en andamiento
|océano sorbido|
|edén tropical pulverizado|
el desierto remonta su
estación permanente.
El desierto es paciente.
Tradução de WALTER LOUZÁN
Datos: Luiz Roberto Guedes é poeta, escritor, tradutor e letrista, sob o nome de Paulo Flexa. Nasceu em São Paulo, em 1955. Publicou, entre outros, Calendário Lunático (2000), a novela histórica O mamaluco voador (2006), Mínima Immoralia/Dirty LImerix (2007), e diversos livros para o público juvenil como Treze Noites de Terror (2002), Armadilha para lobisomem (2005), e Meu Mestre de História Sobrenatural (2008).
No hay comentarios:
Publicar un comentario